Jovem
da PJ de Passo Fundo participa da1ª Conferência Nacional sobre Transparência e
Controle Social.
“Ai daqueles
que
fazem
decretos
iníquos e daqueles que
escrevem apressadamente
sentenças de opressão,para negar a justiça ao fraco e fraudar o direito dos pobres do meu povo, para fazer das viúvas a sua presa e despojar os órfãos. O que farão
vocês no dia do castigo, quando chegar a tempestade que
vem de longe?”.
Isaías
10:1-4
O povo brasileiro ao longo de toda
sua história sofre com uma cultura corruptiva, da colonização portuguesa até a
atualidade. Pode se dizer que o grande problema da política brasileira, dentre
tantos, seja a corrupção. Vivemos em um sistema democrático – mais
representativo que direto, porém ainda democrático – onde a população tem um
desconhecido poder de controle, e também por ele uma grande acessibilidade para
conferir os gastos da máquina pública. A 1ª Conferência sobre Transparência e
Controle Social surge com esse intuito, de fomentar na sociedade civil essa
cultura de controle e participação, incentivar e criar medidas quais todos os
cidadãos brasileiros possam usufruir. A Consocial foi formada por todo um
processo, convocada ainda pelo ex-presidente Lula, emdezembro de 2010,sendo sua
organização iniciada em julho de 2011; no mês de fevereiro de 2012 ocorreram as
etapas municipais, em março as estaduais e, durante os dias 18, 19 e 20 de
maio, a nacional, em Brasília. Nela a sociedade civil, membros de conselhos
públicos e o poder público desenvolveram propostas dividas em quatro eixos: “1
– Promoção da transparência pública e acesso à informação e dados públicos; 2 –
Mecanismos de controle social, engajamento e capacitação da sociedade para o
controle da gestão pública; 3 – A atuação dos conselhos de políticas públicas
como instâncias de controle; 4 – Diretrizes para a prevenção e o combate à
corrupção”. Em cada etapa escolhiam-se um determinado número de propostas para
que fossem discutidas nas etapas de maior âmbito.
Como juventude protagonista de sua
própria história, a Pastoral da Juventude esteve presente em todas as etapas,
mesmo que por um lado isso nos orgulhe, por outro também decepciona: tanto na
etapa municipal de Passo Fundo, com mais de 160 participantes, quanto na
Estadual em Porto Alegre, nesta com 718 participantes, somente a PJ da
Arquidiocese de Passo Fundo representava uma organização jovem, com a presença
de Jean Carlos Demboski, Davi Rodrigues da Silva e a minha, Wagner Azevedo, foi
uma representação de 0,41%! Mas não se culpa os jovens gaúchos, a divulgação da
imprensa fora insignificativa e também a organização das Conferências estadual
e nacional foram ineficientes. Tomemos como exemplo o estado do Roraima, todas
as Conferências foram feitas em escolas, desse modo mobilizando os estudantes a
lutarem pelos seus direitos, não se omitindo, exercendo a cidadania e
combatendo o grande mal que desmotiva a iniciação política.Em tempos de
eleição, faz-se necessária uma grande campanha publicitária para os
adolescentes de 16 e 17 anos aproveitarem seu direito de voto. Parece que a
política assusta, e de fato assusta, mas “de quem é o grito que nos faz tremer?”.
A juventude deveria ter medo da politicagem, ou essa politicagem é que deveria
temer uma juventude instruída, sonhadora, aguerrida e defensora de seus
direitos?
Na Conferência Nacional, a juventude
fez-se mais presente, mesmo que a proporção tenha sido baixa. Estavam membros
de conselhos municipais, pastorais e movimentos da Igreja, partidos e ONG’s.
Registro a grande presença de membros e ex-membros da Pastoral da Juventude que
reconheciam, elogiavam e, até mesmo, exaltavam bandeira da Arquidiocese de
Passo Fundo presente na capital federal. Esse reconhecimento orgulha pelo
motivo de ver a PJ presente e firme nas questões sociais da nação,
intrinsicamente utilizando de sua formação integral, em prol do Reino de Deus,
e pelo fato da importância histórica de nossas lutas. Assim, foram defendidas
propostas que incentivam a inserção da juventude nas políticas públicas,
promoção de investimentos e capacitação na área da educação, tanto de base,
quanto ensino superior e mecanismos de controle social com acessibilidade a
todos.
A 1ª Conferência sobre Transparência
e Controle Social teve seus momentos de turbulência e de desorganização, porém
isso tudo devido à grande vontade de mudança que a sociedade brasileira tem.
Batalhando para que essa cultura da corrupção não seja uma“infinita highway”, a
corrupção não há de seguir em velocidade alta e para sempre. Nessa obstrução da
“highway” está o nosso papel de jovem, sofremos com o presente, mas podemos não
apenas mudá-lo, como também projetar nosso futuro. Trilhemos o nossos caminhosno
seguimento do Projeto de Jesus Cristo, lutando contra as injustiças e as opressões.
Com força nesse seguimento, não nos cabe aceitar a situação atual, deixemos ao
Pai-Nosso que perdoe, mas unidos a ele, procuremos destruir os reinos em que a
corrupção é a lei mais forte!
“Até quando vocês julgarão
injustamente, sustentando a causa dos injustos? Protejam o fraco e o órfão,
façam justiça ao pobre e ao necessitado, libertem o fraco e o indigente, e os
livrem da mão dos injustos!”.
Salmos
82:2-5